sábado, 1 de maio de 2010

Dúvida mórbida

Sentado na beira da cama com os pulsos ensanguentado, com a dor insuportável quase tão grande como a dor que o coração sente ou ver a dor que causa nas pessoas que o ama ou ver que tudo o que se faz e fazer as pessoas chorarem e cada vez mais a lamina da navalha fica mais atraente, o sangue fica mais saboroso e a dor parece não doer, o sangue que escorre pelo pulso tão frio e gelado que se percebe o quanto um coração esta congelado é como se não pulsasse mais esse coração entristecido, um rosto um impossibilitado de sorrir, um olho incapaz de chorar um coração incapaz de bater, um ser inábil de fazer aqueles que o ama feliz, uma pessoa completamente fria que sou que faz burrada por não conseguir sentir nada, um morto vivo que ama e não consegue fazer a pessoa amada feliz, e por isso prefere ficar morto de vez sentado na beira da cama com seus pulsos abertos.

Dedicado à Duda Chan
(Diego Candido)

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